Crônica - Missões, uma escolha de vida
Lyvia Jardim
Em sua maioria, eles são jovens. Possuem recursos cabíveis a uma chamada “vida confortável”. Ou, de repente, pertencem às classes C, D, talvez E. Num caso de sorte, à selecionada classe AAA.
Não importando cor, credo ou classe social, estas pessoas adotam para si um estilo de viver controverso, tanto para aqueles que desfrutam das benesses de dinheiro no bolso - money!, dinero! – como para aqueles que abraçam uma visão mais humanista da vida, de abraçar ao próximo, fazer filantropia, bem de coração, os (as) ‘matrioskas polianescas’, que de tão embonecados de perfeição, soam como a personagem Poliana, cuja pregação de bonança emitia contornos de mantras.
Enfim... ‘eles’ são os missionários, pessoas que deixam para trás uma trajetória específica para assumir outra, em tese, como o nome entrega, uma missão.
Não recebem por isso. Vão com a cara e coragem, muitas vezes ultrapassando as fronteiras do país natal.
Italianos deixam a terra das redondas para desbravar o continente americano. Asiáticos juntam seus pertences e vão para a África. Chineses, indonésios, búlgaros, tchecos, canadenses, dinamarqueses... Missionários existem em todo globo e coexistem em uma ideia, um propósito: cumpri-lo até o final, dando o melhor de si para o crescimento do outro.
Geram questionamentos? Obviamente! Assim como política, futebol, religião, provocam seus barulhos em determinadas zonas de conflito que constituem a opinião humana.
Como entender o ‘abandono’ do lar e dos amigos, do serviço, de uma determinada maneira de viver até ali, para assumir uma visão e prática totalmente diferentes?
A resposta, leitor, provavelmente será polêmica e longe de ser unânime, até pelo fato de cada pessoa possuir uma maneira de pensar e agir.
Uns diriam que é loucura. Outro, que é ‘uma coisa bonita’. Alguns respondem admirável. Meu meio irmão gostaria de fazer igual.
Católicos, evangélicos, adeptos de uma criança fincada no amor ao próximo proferem que a benção de Deus se reflete em uma missão, tanto em criador (missionário) como criatura (objeto desta, podendo este ser uma criança, um toxicômano, um país devastado, etc).
A patricinha da esquina revira os olhos, sacode sua bolsa Gucci e diz que é Loooooucura.
A dona de casa conformada divide-se entre achar interessante, até por desejar fugir ardentemente de sua rotina caótica às vezes. Só não sabe qual destino seria mais adequado. Vê-se em Paris, em um quarto do Ritz, com um garçom servindo crème fraiche e pains au chocolat vinte quatro horas por dia, a alguns quarteirões do Sena...
Você pode se encaixar em qualquer dos personagens – com traços reais, diga-se de passagem – acima citados.
Ou, quem sabe, possuir uma opinião diferente e muitíssimo própria. Ser ‘o cara’, o senhor, ‘a mina’, de personalidade.
Não importa!
Independente do prisma observado, da ideia comprada, da visão adotada...
Os missionários estão por aí, cada qual com seu objetivo, sua história...
E seguem cumprindo sua escolha de vida.
Lyvia Jardim
Em sua maioria, eles são jovens. Possuem recursos cabíveis a uma chamada “vida confortável”. Ou, de repente, pertencem às classes C, D, talvez E. Num caso de sorte, à selecionada classe AAA.
Não importando cor, credo ou classe social, estas pessoas adotam para si um estilo de viver controverso, tanto para aqueles que desfrutam das benesses de dinheiro no bolso - money!, dinero! – como para aqueles que abraçam uma visão mais humanista da vida, de abraçar ao próximo, fazer filantropia, bem de coração, os (as) ‘matrioskas polianescas’, que de tão embonecados de perfeição, soam como a personagem Poliana, cuja pregação de bonança emitia contornos de mantras.
Enfim... ‘eles’ são os missionários, pessoas que deixam para trás uma trajetória específica para assumir outra, em tese, como o nome entrega, uma missão.
Não recebem por isso. Vão com a cara e coragem, muitas vezes ultrapassando as fronteiras do país natal.
Italianos deixam a terra das redondas para desbravar o continente americano. Asiáticos juntam seus pertences e vão para a África. Chineses, indonésios, búlgaros, tchecos, canadenses, dinamarqueses... Missionários existem em todo globo e coexistem em uma ideia, um propósito: cumpri-lo até o final, dando o melhor de si para o crescimento do outro.
Geram questionamentos? Obviamente! Assim como política, futebol, religião, provocam seus barulhos em determinadas zonas de conflito que constituem a opinião humana.
Como entender o ‘abandono’ do lar e dos amigos, do serviço, de uma determinada maneira de viver até ali, para assumir uma visão e prática totalmente diferentes?
A resposta, leitor, provavelmente será polêmica e longe de ser unânime, até pelo fato de cada pessoa possuir uma maneira de pensar e agir.
Uns diriam que é loucura. Outro, que é ‘uma coisa bonita’. Alguns respondem admirável. Meu meio irmão gostaria de fazer igual.
Católicos, evangélicos, adeptos de uma criança fincada no amor ao próximo proferem que a benção de Deus se reflete em uma missão, tanto em criador (missionário) como criatura (objeto desta, podendo este ser uma criança, um toxicômano, um país devastado, etc).
A patricinha da esquina revira os olhos, sacode sua bolsa Gucci e diz que é Loooooucura.
A dona de casa conformada divide-se entre achar interessante, até por desejar fugir ardentemente de sua rotina caótica às vezes. Só não sabe qual destino seria mais adequado. Vê-se em Paris, em um quarto do Ritz, com um garçom servindo crème fraiche e pains au chocolat vinte quatro horas por dia, a alguns quarteirões do Sena...
Você pode se encaixar em qualquer dos personagens – com traços reais, diga-se de passagem – acima citados.
Ou, quem sabe, possuir uma opinião diferente e muitíssimo própria. Ser ‘o cara’, o senhor, ‘a mina’, de personalidade.
Não importa!
Independente do prisma observado, da ideia comprada, da visão adotada...
Os missionários estão por aí, cada qual com seu objetivo, sua história...
E seguem cumprindo sua escolha de vida.